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Marcus Pacobahyba (Aeroporto de Jericoacoara): Dos céus a Jeri

13:21 19 de novembro de 2022 Por Daniel Oiticica

Marcus Pacobahyba, gerente de Programas de Operações Aeroportuárias do Aeroporto de Jericoacoara

Inaugurado em 2017, o aeroporto de Jericoacoara foi idealizado para fortalecer uma das principais atividades que geram investimentos para a região. Custos menores e a redução do tempo de viagem para chegar ao município são alguns dos benefícios que a operação do aeroporto proporcionou para a região. Nesta entrevista, Marcus Pacobahyba, gerente de Programas de Operações Aeroportuárias do Aeroporto de Jericoacoara, detalha os números que revelam o crescimento das suas atividades, assim como projeções para o futuro do empreendimento.

Como surgiu o Aeroporto de Jericoacoara?
Ele surgiu com a ideia de alavancar o movimento turístico da região. A cidade de Jericoacoara, a cerca 283,4 km de Fortaleza, é uma localidade distante para acesso por via terrestre. Então, criou-se a possibilidade de chegada ao local por meio de um aeroporto regional, não do mesmo porte que o de Fortaleza, que é um aeroporto internacional, mas um aeroporto com uma grande capacidade de transporte. Uma das principais motivações foi alavancar o desenvolvimento da região, que tem forte movimentação turística. As obras começaram em 2011 e o empreendimento terminou de ser construído em 2017. O voo inaugural foi realizado no dia 24 de junho de 2017.

Como o aeroporto está operando hoje?
De 2017 até hoje, o aeroporto cresceu muito. A capacidade inicial do empreendimento girava em torno de 200 mil passageiros por ano. Ele veio crescendo rapidamente, mesmo com uma pequena redução durante a pandemia. Os números são bastante animadores. Nos seis primeiros meses de operação, ele processou 30 mil passageiros entre pousos e decolagens. Em 2018, esse número aumentou para 96 mil, um acréscimo de mais de 50% em relação ao período anterior. Em 2019, mais um aumento, dessa vez para 113 mil. Com a pandemia em 2020, o volume ficou em torno de 56 mil passageiros. Entretanto, em 2021 foram 155 mil passageiros. Agora, em 2022, contabilizado até agosto, o aeroporto já transportou 213 mil passageiros. A capacidade inicial de mais de 200 mil passageiros ao ano já foi superada neste momento de retomada da movimentação turística.

Como o aeroporto está estruturado?
Sua pista é grande, considerada muito boa, com capacidade de pouso para grandes aeronaves e uma extensão de 2,2 mil metros por 45 m de largura. Temos todos os equipamentos para operação durante 24 horas, para pouso mesmo em condições meteorológicas ruins. Temos um pátio bem equipado, que pode abrigar ao mesmo tempo três aeronaves de grande porte e oito de modelo executivo. O terminal de passageiros tem em torno de 3,5 mil metros quadrados de área para embarque e desembarque, conseguindo atender com bastante tranquilidade os serviços ofertados pelo empreendimento.

Com os números em crescimento, existe algum projeto de expansão previsto?
Estamos prevendo uma adequação no terminal de embarque de passageiros para facilitar o movimento nos momentos de desembarque simultâneo de três ou mais aeronaves. Hoje, operamos com até dois aviões simultaneamente.

O que os investidores que chegam à região de Jericoacoara podem esperar do aeroporto? Pensando um pouco em nosso público, o que você diria para os investidores da área de turismo daquela região, que precisarão usar esse aeroporto? O que há de positivo?
O aeroporto tem plenas condições de atender aos investidores que pretendem deixar seus veículos com segurança, conseguindo embarcar e desembarcar diversos voos. Atendemos atualmente, em média, 20 voos semanais, com condições de receber voos de vários lugares do país. Aos investidores, podemos dizer que não há restrição de chegada e saída do aeroporto.